Se analisarmos o impacto que o Covid-19 teve no continente europeu é fácil perceber que o país lusitano foi um dos mais afetados, mas qual será o impacto da pandemia na economia de Portugal? No post a seguir você vai descobrir!
O impacto da pandemia na economia de Portugal foi forte. Inicialmente, os primeiros meses ficaram marcados pela maior quebra de que há registro da economia nacional, elevando o número de falências em Portugal, agravando situações de precariedade e provocando o aumento do desemprego a suspensão ou restrição de atividade em variados setores, tais como restauração, comércio, turismo e cultura.
Mas, como será que ficou o mercado de trabalho em Portugal pós-pandemia? Em 2020, o impacto da pandemia na economia de Portugal fez com que a recessão refletisse na queda anual do PIB português, reduzindo a 8%. Por lidar de forma excepcional com a crise de Covid-19, os especialistas tais como Pedro Siza Vieira, ministro da economia, acreditam que o país terá uma das retomadas mais rápidas na economia.
Exemplo disso foram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que mostra o período de 1º de abril a 30 de junho de 2020, onde a economia portuguesa contraiu 16,3% face ao registado no mesmo período de 2019, e relativamente ao primeiro trimestre, o último sem pandemia de covid-19, a queda do PIB foi de 13,9%.
Ainda segundo o INE, a procura interna foi particularmente afetada em 2020, registrando uma redução de 4,7% em termos reais (após ter aumentado 2,8% no ano anterior), passando de um contributo para a variação anual do PIB de +2,8 pontos percentuais em 2019 para -4,6 pontos percentuais em 2020. Também a procura externa líquida acentuou o contributo negativo em 2020 (-3,0 pontos percentuais, contra -0,3 pontos percentuais em 2019), refletindo sobretudo a diminuição sem precedente das exportações de turismo.
O impacto da pandemia na economia de Portugal também foi destaque positivo em diversos veículos, tais como Folha de São Paulo, Estadão, Terra, Forbes, Público, Jornal de Negócios e Sapo. Segundo esse último, 20% do PIB do país vem do turismo, ou seja, assim que os estrangeiros voltarem a visitar o país haverá uma injeção de dinheiro no local.
O setor do turismo foi um dos que mais sofreu com o impacto da pandemia na economia de Portugal
O levantamento do INE aponta para os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 10,5 milhões de hóspedes e 26,0 milhões de dormidas, -61,3% e -63,0%, respectivamente, quando comparado a 2019, ano em que tinham registado subidas respectivas de 7,9% e 4,6%.
Só para que você possa ter uma ideia, em abril de 2020, registrou-se uma expressão praticamente nula da atividade turística, com variações homólogas de -97,4% e -97,0% em termos do número de hóspedes e dormidas. Algo similar aconteceu em maio, mês em que foram albergados 149,8 mil hóspedes e registadas 307,0 mil dormidas, variações de -94,2% e -95,3% face ao mesmo mês de 2019.
Em junho houve uma recuperação, semelhante a setembro até dezembro, entretanto, em janeiro as quebras foram superiores a 80% comparado ao mesmo mês de 2019.
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O desemprego no impacto da pandemia na economia de Portugal
Dados divulgados pelo INE apontam que a taxa de desemprego subiu de 6,5% em 2019 para 6,8% em 2020.
A taxa de subutilização do trabalho em 2020 foi estimada em 13,9%, ou seja, 1,2 pontos percentuais acima da do ano anterior. Enquanto isso, a população empregada é de 4.814,1 mil pessoas, ou seja, uma redução de 99 mil empregos em relação ao ano anterior. Por sua vez, a população desempregada, 350,9 mil pessoas, aumentou 3,4% (11,4 mil) em relação ao período. Já a taxa de desemprego entre os jovens – aqueles com 15 a 24 anos – ficou em 22,6%, 4,3 pontos percentuais acima do estimado para o ano anterior.
Qual será o impacto da pandemia na economia de Portugal em 2022?
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) fez projeções para a economia portuguesa, estimando agora um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,7% este ano e de 4,9% no próximo, ainda assim abaixo das expectativas do Governo.
Essas previsões são melhores que as de dezembro, quando a organização estimava um crescimento do PIB português em 1,7% para 2021 e em 1,9% para 2022.
Entretanto, mesmo com a revisão em alta, as projeções da OCDE mantêm-se inferiores às do Governo, que estima um crescimento de 4% para 2021 e de 4,9% para 2022, tendo o ministro das Finanças, João Leão, já manifestado, em entrevista à Lusa, a expectativa de chegar aos 5%.
Ainda de acordo com uma análise realizada pela Euler Hermes, líder mundial em seguro de crédito, o Produto Interno Bruto (PIB) português deverá crescer 5,4% em 2022, acima da estimativa de 4,2% para a Zona Euro. Ainda nesse sentido, até ao final deste ano, as projeções de evolução da economia portuguesa apontam para um crescimento de 4%, dentro da média das economias europeias.
As previsões foram influenciadas pelos fundos de 13,9 mil milhões de euros em subvenções a fundo perdido previstas no Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, no âmbito do ‘Next Generation EU’, o plano de recuperação da União Europeia, bem como pelos 2,7 mil milhões de euros em empréstimos para os próximos cinco anos.
Com informações de: ine.pt; bpstat.bportugal.pt; dn.pt; brasil.elpais.com; istoe.com.br; folha.uol.com.br; vocesa.abril.com.br; observador.pt; dinheirovivo.pt.