O que acha de ser seu próprio patrão? Acredite, essa já é uma realidade de muitos freelancers em Portugal e que só tende a aumentar. Vem descobrir mais sobre esse modelo de trabalho!
Se o modelo de trabalho freelancer em Portugal já conquistou muitas pessoas antes mesmo da pandemia, após esses dois anos de isolamento essa modalidade foi favorecida uma vez que o trabalho à distância, além de se tornar uma necessidade, fez com que muitas pessoas enxergassem novas oportunidades. Além disso, as empresas passaram a contratar serviços de profissionais externos, pois entenderam que eles podem ser sim mais produtivos fora dos ambientes tradicionais. Aliás, houve mais de um milhão de pessoas atuando como freelancer em Portugal durante o confinamento.
Mas o que faz com que as pessoas tomem a decisão de atuar como freelancer em Portugal? Antes de mais nada existe o fato de poder trabalhar por conta própria, além disso não é preciso estar preso a um empregador, bem como a uma única entidade, pois não existe vínculo empregatício. Então, soma-se ainda a possibilidade de disponibilizar serviços para quantas empresas desejar e escolher os projetos que deseja atender. Mas, sobretudo, há flexibilidade da rotina, de horários e locais onde trabalhar.
Aliás, o freelancer em Portugal que esteja atuando de forma legal e em dia com as contribuições sociais possui direitos e benefícios tais como subsídios em caso de doença, desemprego, pensão por invalidez e velhice e outros.
No entanto, entre as maiores dificuldade de trabalhar como freelancer em Portugal está justamente o início da atividade. Inegavelmente, os primeiros meses são aqueles onde é preciso mais esforço e dedicação para conseguir os primeiros clientes, mas também é onde menos existe um rendimento constante devido à falta de um salário fixo. Enquanto isso, a longo prazo o que pode pesar é a incerteza do dia seguinte e o fato de renunciar a alguns direitos como férias remuneradas e subsídios.
Então, com a finalidade de te ajudar, hoje a gente te explica um pouco sobre como trabalhar de freelancer em Portugal. Vamos lá?
Dados sobre o freelancer em Portugal
Primeiramente trazemos alguns dados muito positivos. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, o número de trabalhadores por conta própria, ou seja, os profissionais conhecidos como freelancers ou trabalhadores independente, e os profissionais conhecidos como ENI – Empresário em Nome Individual, chegou aos 733 mil, o maior número em Portugal, e que equivale a cerca de 15% da população ativa no país.
A Fiverr, uma plataforma focada em unir freelancers a empresas, entrevistou 250 pessoas que atuam como freelancer em Portugal para que pudessem compreender melhor o cenário local.
A principal conclusão foi que a maioria são homens (81%), com idades entre os 25 e os 44 anos e que residem nos distritos de Lisboa/Setúbal/Leiria (29%) e na Beira Alta (11%). Além disso, para vender os seus serviços, os freelancers em Portugal utilizam principalmente contatos através do marketing direto e e-mail (54%), seguido pelos marketplaces e websites (52%). Enquanto isso, entre os serviços mais prestados destacam-se:
– Design principalmente no setor do retalho, catering e lazer (38%);
– Web development (35%);
– Marketing (33%);
– Suporte técnico ligado a empresas de viagens e transportes (27%).
Outra boa notícia é com relação à última média salarial mensal levantada pela Pordata em 2018: 970 euros. Além disso, metade dos entrevistados declarou receber entre 12.000 e 18.000 euros anuais e a outra metade entre 18.001 e 28.000 euros.
Ao mesmo tempo, houve também um índice feito pelo site de viagens Momondo com os melhores países para trabalhar remotamente. Nele foram analisados 111 países com base em 22 fatores, distribuídos por seis categorias: viagens, preços locais, saúde e segurança, condições de trabalho remoto, vida social e o clima. Os países onde é mais fácil conjugar trabalho remoto com tempo livre foram os que mais pontuaram nestes fatores. Dessa forma, Portugal ficou em primeiro lugar, a Espanha em segundo e a Romênia ocupou o terceiro lugar.
Vistos que permitem trabalhar como freelancer em Portugal
O Visto D2 é o visto para imigrantes empreendedores, ou seja, é o mais recomendado para aqueles que desejam trabalhar como freelancers em Portugal. No entanto, pode ser preciso mostrar certificados e diplomas que comprovem sua qualificação profissional, ou ainda preencher um registro de freelancer e até comprovar que os serviços prestados são necessários aos país.
Mas o que é preciso para trabalhar como freelancer em Portugal
1-Estar em situação regular
Primeiramente, quem deseja trabalhar como freelancer em Portugal precisa estar vivendo no país de forma legal. Isso inclui ter um NIF Portugal (Número de Identidade Fiscal), que basicamente é o documento equivalente ao nosso CPF. Esse será o registro ligado às suas finanças e permitirá, por exemplo, fazer as declarações de rendimentos. Outra documentação importante é o NISS (Número de Identificação de Segurança Social), que é como o registro no INSS do Brasil.
2-Abertura de atividade
Em segundo lugar, você deve abrir atividade nas finanças. Esse é outro processo simples, que embora possa ser realizado online também possui a possibilidade de atendimento presencial.
Se fizer online, você deverá acessar o Portal das Finanças, fazer uma Declaração de Início de Atividade, escolher o CAE da sua atividade, preencher os dados relativos aos rendimentos previstos e escolher o regime de contabilidade pretendido.
3-Contrato
Os portugueses gostam de ir direto ao ponto e por isso valorizam profissionais que façam contratos de prestação de serviços em seus projetos. Dessa forma, eles ficam mais seguros de seus direitos e deveres.
Já o freelancer em Portugal que deseja realizar um único serviço e, por isso, não fará a abertura de atividade, damos o nome de “ato isolado”, dessa forma ele pode emitir o recibo de ato isolado.
Assim também há ainda os “recibos verdes”, documentos eletrônicos obrigatórios para quem é prestador de serviço e que comprovem o recebimento do pagamento. Um documento equivalente à nossa nota fiscal. Há três modelos desse recibo que é gerado no Portal das Finanças:
– Recibo (quando você ainda não foi pago pelo trabalho);
– Fatura (ao receber o valor de um recibo emitido);
– Recibo-fatura (quando o pagamento ocorre no mesmo momento em que entrega o trabalho).
4-Esteja em dia com impostos e declarações
* IRS: declaração do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares;
* IVA: Imposto sobre Valor Acrescentado, para trabalhadores independentes com rendimentos anuais superiores a 10 mil euros;
* Segurança Social: Pagamento trimensal obrigatório após os doze primeiros meses do início da atividade para garantir a estabilidade do freelancer em Portugal. Similar ao FGTS do Brasil;
* Retenção na fonte: Taxas aplicadas a quem emite recibos verdes e tenha ultrapassado os 12.500 euros de rendimento anual.
5-Currículo e portfólios sempre atualizados
Dificilmente uma pessoa vai fechar uma parceria se não conhecer suas competências, conhecimentos e o seu trabalho, por isso contar com um currículo, portfólio e referências sempre atualizados é fundamental!
O mesmo vale para a sua presença nas redes sociais, Facebook e Instagram, mas especialmente o LinkedIn, pois essa é a plataforma mais utilizada em Portugal por recrutadores.
6-Faça networking
Provavelmente, os primeiros trabalhos como freelancer em Portugal chegarão pelos contatos que você fez. Então crie uma estratégia de networking, seja pedindo para os clientes darem depoimentos em suas redes sociais, ajudarem na sua divulgação ou ainda lembrar de fazer uma ligação ou mandar um e-mail para mantê-los em sua lista de parceiros.
7- Registe-se em plataformas de freelancer em Portugal
Existem muitos sites responsáveis por colocarem freelancers e consumidores de serviços em contato, para isso você só precisa construir um bom perfil e manter suas competências atualizadas. Abaixo mostramos os mais utilizados no país lusitano:
– Fixando;
– Workana;
– Learnify;
– 99freelas;
– Upwork;
– Guru;
– Toptal
E aí, gostou do nosso post e dicas sobre como trabalhar de freelancer em Portugal? Conta para a gente nos comentários!
Com informações de: eco.sapo.pt; invoicexpress.com; e-konomista.pt; nomadismodigital.pt; meusalario.pt; momondo.pt.