Aldeias italianas pagam R$168 mil a novos moradores

Aldeias italianas pagam R$168 mil a novos moradores

Você já sentiu aquela vontade de se mudar para alguma das aldeias italianas? Então saiba que esse momento chegou, pois o governo da Calábria está oferecendo R$168 mil, durante três anos, para novos moradores. Vem descobrir tudo sobre o assunto!

Nós temos a certeza de que uma vida nas aldeias italianas permeia o imaginário de muita gente, contudo este sonho pode se concretizar. O destino? A região da Calábria, no sul do país, localizada bem na ponta da península em forma de bota. 

 

Por enquanto, nove vilarejos já se inscreveram para participar do programa, entre eles Civita, Samo e Precacore, Aieta, Bova, Caccuri, Albidona, Santa Severina, Sant’Agata del Bianco e San Donato di Ninea. Vale lembrar que alguns deles são locais à beira-mar e nas montanhas. 

 

Apostamos que você ficou interessado né?! Ah, mas não para por aí. O governo local está oferecendo cerca de R$168 mil, durante três anos, para os novos moradores dessas aldeias italianas. Quer saber mais? Então vem conferir!

 

 

Por dentro do programa 

Denominado “renda de residência ativa” o projeto-piloto será destinado a locais com menos de 2 mil habitantes e será lançado nas próximas semanas. As inscrições poderão ser feitas por meio do site oficial da Calábria (https://portale.regione.calabria.it/website/). Ou seja, fique de olho!!! 

 

Este foi um acordo entre os ministérios do Desenvolvimento Econômico e da Economia da Itália, onde a região reservará mais de € 700.000 (cerca de US$ 829.000) para esse fim. Os valores serão repassados aos residentes mensalmente, assim sendo, a renda poderá variar de 800 a mil euros. Outra possibilidade é a de receber o valor integral caso decida abrir um empreendimento. 

 

 

Mas, por que as aldeias italianas estão pagando para você morar nelas?


Surpreendentemente, a Itália vem adotando a medida como uma forma de repovoar esses locais que foram perdendo moradores com o passar dos anos. 

 

O que ocorre é que a região da Calábria tem 5 províncias que somam 402 cidades, sendo que mais de 75% têm menos de 5 mil moradores – o que nos dá um número em torno de 320. Ou seja, a preocupação dos governantes locais é que essas aldeias italianas se tornem fantasmas com o passar do tempo, justamente pela falta de moradores. 

 

Prova dessa preocupação foi a entrevista do conselheiro regional, Gianluca Gallo, para a CNN: “O objetivo é impulsionar a economia local e dar uma nova vida às comunidades de pequena escala. Estamos aprimorando os detalhes, o valor mensal exato e a duração dos fundos e se incluiremos também vilas maiores com até 3.000 residentes. Tivemos até agora um grande interesse nas aldeias e, esperançosamente, se este primeiro esquema funcionar, é provável que haja mais nos próximos anos”. 

 

Além dele, o prefeito da aldeia calabresa de Altomonte, Gianpietro Coppola, também explicou os motivos do programa: “Queremos que seja uma experiência de inclusão social. Que atraia pessoas para morar na região, aproveite os cenários e ocupe os locais não utilizados da cidade. Seja para curtir o ambiente, fazer uso e enfeitar locais de trabalho como salas de conferência e conventos com internet de alta velocidade. Essa é uma abordagem mais direcionada para revitalizar pequenas comunidades e faz mais sentido para nós do que as vendas de casas de um euro que chegaram recentemente às manchetes. Turismo incerto e ofertas de casas por um euro não são as melhores saídas para renovar o Sul da Itália.”.

 

Ademais, o país tem a população mais antiga da Europa segundo o Escritório de Estatísticas da União Europeia (Eurostat). São mais de 13 milhões de pessoas com mais de 65 anos de idade ou mais, o equivalente a 22,8% dos habitantes da Itália. Nesse sentido, a ideia é a de que as gerações mais novas se sintam tentadas com a proposta. 

 

 

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O que o governo dessas aldeias italianas exige em troca?

Entretanto, é claro que eles não dariam tamanha oportunidade de mão beijada, não é mesmo?! Em troca, o governo da Calábria faz uma série de exigências, tais como:
– Os moradores precisam contribuir com a economia local abrindo um pequeno negócio (hotéis, restaurantes, bares, lojas) ou então aceitar uma vaga de emprego específica;

– Como citamos acima, eles estão em busca de jovens. Nesse sentido há uma idade mínima de 18 anos e o limite de 40 anos;

– Os interessados que estiverem aptos devem se mudar para a região em até 90 dias.

 

 

O programa não é novidade, outras aldeias italianas já fizeram o mesmo

A Itália é um país repleto de ações semelhantes. Primeiramente, houve o da vila de Santo Stefano di Sessanio, que ofereceu até US$ 52.500 em doações a quem estivesse disposto a morar e trabalhar no local. 

Semelhantemente, há ainda o da aldeia de Santa Fiora que ajudará a pagar o seu aluguel se você se mudar para lá e trabalhar remotamente. Sem contar que os benefícios são ainda maiores caso você decida abrir um hotel ou se der à luz a um bebê. 

Outros programas parecidos ficam por conta daqueles que, com certeza, você já deve ter ouvido falar, onde as casas possuem preços que variam de € 1 a € 9.000.

 

 

E agora que você já sabe como funciona o programa- piloto “renda de residência ativa” nas aldeias italianas, conta aqui para a gente, nos comentários, se já está fazendo as malas e qual desses vilarejos você escolheria para fixar residência. 

 

Com informações de: instagram.com; forbes.com.br; istoe.com.br; oglobo.globo.com; melhoresdestinos.com.br; uol.com.br; casavogue.globo.com; istoedinheiro.com.br; sonoticiaboa.com.br; opovo.com.br; pt.db-city.com.

 

 

 

 

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