Mandar dinheiro da Europa para o Brasil tem se tornado uma prática cada vez mais comum entre a comunidade brasileira.
Há tempos, a possibilidade de mandar dinheiro da Europa para o Brasil, como uma forma de dar um suporte financeiro a familiares que permanecem no país, é um dos principais atrativos para aqueles que buscam a dupla cidadania e têm o sonho de investir ou conquistar um emprego no exterior. Porém, agora, mais do que nunca, essa ação tem se tornado cada vez mais frequente e pelos mais diversos motivos.
Dados estatísticos comprovam que mandar dinheiro da Europa para o Brasil transformou-se em uma transação corriqueira
Segundo um levantamento realizado pelo Banco Central (BC), há um aumento expressivo no que se refere a quantidade de emissões de dinheiro, com destino ao Brasil, que estão sendo realizadas pela população brasileira que mora tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa.
Entre os países que mais costumam mandar dinheiro da Europa para o Brasil, o Reino Unido está no topo da lista. Na sequência surge Portugal, país no qual no primeiro trimestre de 2022 totalizou a remessa de 76,8 milhões de dólares, ou seja, 391,7 milhões de reais. Esse valor significa mais que o dobro do que foi enviado em 2017, durante o mesmo período, US$ 33,9 milhões, isso é, R$172,9 milhões.
Desse modo, de acordo com o Banco Central, entre os meses de janeiro a setembro de 2021, os câmbios privativos, saindo de países do exterior, com destino ao Brasil totalizaram US$ 2,84 bilhões, sendo R$ 15,9 bilhões. Ou seja, de tal forma que ao comparar o mesmo período do ano anterior, 2020, esse valor comprova uma alta de 18%, e mais, após 1995, esse é um recorde histórico.
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Mas, por que o envio de dinheiro para o Brasil é uma prática cada vez maior?
Há uma explicação que leva os brasileiros a mandar dinheiro da Europa para o Brasil. Assim sendo, podemos destacar:
– O crescimento da emigração;
– A possibilidade de ajudar parentes e amigos que estão passando por dificuldades;
– A desvalorização do real frente a outras moedas como, por exemplo, o dólar, o euro e a libra;
– A oportunidade de investimentos nacionais, especialmente aqueles relacionados à compra de imóveis ou a abertura de um novo negócio;
– A chance de guardar dinheiro para realizar sonhos futuros;
– O desemprego no Brasil e a oportunidade de trabalho no exterior;
– A crise econômica causada pela pandemia;
– Também as crises políticas e sociais pelas quais vem passando o país.
É o que esclarece Lucas Lima, CEO da maior consultoria de mobilidade global presente no Brasil, Estados Unidos e Europa, a Aquila Oxford: “O perfil das comunidades brasileiras que vivem no exterior está mudando rápido. Agora, mais informados, os brasileiros estão buscando suporte para sair do país de forma segura e obter vantagens financeiras legais nos países de destino. Sem dúvida, esse melhor preparo prévio para quem deseja imigrar ajuda no sucesso dos planos destes imigrantes. Os números só tendem a melhorar nos próximos anos”, diz Lucas.
Ainda de acordo com o CEO, a proporção de dinheiro remetido pela comunidade brasileira expatriada deve subir significativamente muito em breve. “Vivemos um boom de pedidos, feitos por brasileiros, para a dupla cidadania europeia. Ao chegar, legalizados nos países europeus, as portas do mercado de trabalho se abrem e os ganhos são também maiores. São brasileiros que estão saindo agora rumo ao exterior e que devem, no curto prazo, começar a enviar dinheiro ao Brasil”, garante Lucas Lima.
Para finalizar, você deve ter em mente que independentemente da maneira escolhida para mandar dinheiro da Europa para o Brasil, seja por aplicativos, transferências bancárias ou até mesmo pelos Correios, a segurança dessas transações internacionais é um assunto importante e deve estar em primeiro lugar.
Com informações de: onevoxpress.com; bbc.com; epocanegocios.globo.com; senado.leg.br.