Se você está louco para saber como será o mercado de trabalho na Europa pós-pandemia, nós trazemos boas notícias para aqueles que têm o desejo de se mudar. Vem ler!
Uma coisa é certa, o covid-19 afetou até mesmo uma das regiões mais ricas do mundo, então, nesse sentido, como vai ficar o mercado de trabalho na Europa pós-pandemia? A verdade é que muitos profissionais que tinham como plano atuar fora do Brasil precisaram adiar os sonhos devido à pandemia, pois a economia (que atacou empregos e salários) juntamente à medidas sanitárias (com as fronteiras fechadas) obrigou que as empresas cancelassem as vagas de trabalho para estrangeiros.
E não foi só isso, não. Durante a pandemia do coronavírus houve uma crise de desemprego entre os jovens da Europa, com 25 anos ou menos, tendo uma taxa de desemprego para pessoas, que foi de 14,7% em janeiro de 2020 para 17,6% em agosto de 2020. Ou seja, esse é o maior nível de inativos desde 2017. Entretanto, com a população já vacinada, a União Europeia pretende voltar ao nível econômico que se encontrava antes da pandemia em 2022. Nesse sentido surgiram as dúvidas sobre o mercado de trabalho na Europa pós-pandemia.
Mas os europeus não se deixaram abater, são otimistas e têm pensamentos positivos sobre o mercado de trabalho na Europa pós-pandemia. Eles acreditam que a demanda será reativada como projetos de investimento inovadores, que serão facilitados pelo crescimento da poupança doméstica feita durante a pandemia, além de futuramente poder contar com juros mais baixos e políticas públicas de apoio.
Sobre o mercado de trabalho na Europa pós-pandemia só há uma certeza, a de que as empresas nunca mais serão as mesmas, pois o Coronavírus trouxe transformações para todos. Mas se não temos certeza do futuro, ao menos sabemos que esse foi um desastre econômico global que segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) afetou mais da metade dos trabalhadores do mundo, estimados em 3,3 bilhões de pessoas. A Organização das Nações Unidas (ONU) trabalha com a estimativa que o PIB planetário sofra um golpe de US$ 2 trilhões.
Como o PIB europeu foi afetado e qual sua estimativa para o mercado de trabalho na Europa pós-pandemia
Com a pandemia, o mundo todo entrou em uma recessão que refletiu na queda do PIB. Só para que você possa ter uma ideia, a média europeia ficou em -9,3%.
Entre os países as expectativas variam. Em 2020, a Espanha foi a mais atingida, com queda de 11% (mas deverá ter o maior crescimento em 2022, 5,3%). Enquanto isso, Portugal reduziu 8%, já a Itália 8,8% (mas deve crescer 3,5% em 2022), enquanto a Alemanha teve queda de 5% (com expectativa de recuperar 3,1% em 2022). As grandes surpresas ficaram por conta da Irlanda e Lituânia que conseguiram superar o pior exercício econômico desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
De acordo com Paolo Gentiloni, comissário responsável pela economia do bloco, haverá melhoras a longo prazo. Em sua opinião, a retomada já começa no terceiro trimestre de 2021 e será liderada pelo consumo privado, com o apoio adicional do comércio global.
Já para o ano que vem, 2022, o crescimento europeu chegaria a 3,9%, ou seja, 0,9% maior que a previsão anterior de 3%, após uma queda estimada de 6,3% em 2020. Dessa forma, o PIB europeu voltará aos níveis pré-pandemia. Vale lembrar que especialistas previam uma recuperação a partir de 2023.
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Portugal
Por lidar de forma excepcional com a crise de Covid-19, os especialistas tais como Pedro Siza Vieira, ministro da economia, acreditam que o país terá uma das retomadas mais rápidas na economia.
Portugal foi destaque positivo em diversos veículos, como Folha de São Paulo, Estadão, Terra, Forbes, Público, Jornal de Negócios e Sapo.
Segundo o Sapo, 20% do PIB do país vem do turismo, ou seja, assim que os estrangeiros voltarem a visitar o país haverá uma injeção de dinheiro no local.
Irlanda
O país se manteve bem graças aos setores da indústria farmacêutica, das produções de softwares, dos serviços financeiros e da indústria agroalimentar.
De acordo com Bruxelas, o desemprego em 2020 não ultrapassou os 9%. Além disso, a UE apontou como um dos países que vai recuperar o crescimento mais rapidamente.
A pandemia fez com que surgissem várias novas oportunidades de emprego no país do trevo, especialmente nas áreas de saúde, videoconferências e serviços de entregas. Além disso, o país conta com uma lista de critical skills, ou seja, aquelas carreiras que são fundamentais para o local, mas que sofrem com a escassez de profissionais e, por isso, são mais valorizadas no país, facilitando a emissão de visto de trabalho. Um bom exemplo são as áreas de tecnologia e engenharia.
Espanha
Em 2020, a Espanha foi o país europeu que mais sentiu o colapso e, segundo Bruxelas, o que levará mais tempo para recuperar o PIB anterior à pandemia. O crescimento deve vir em 2022, sendo as taxas mais elevadas da zona do euro, mas ainda insuficientes para recuperar o que foi perdido. A melhora dependerá da rápida normalização do turismo, entretanto os técnicos da Comissão Europeia estão otimistas. A taxa de desemprego, por exemplo, não disparou como em crises anteriores, passando de 13,8% para 16,2%.
Lituânia
Esse é, segundo a economia, um país pequeno e muito aberto. Há uma elevada dependência externa, mas que fez com que em uma década a renda média de seus cidadãos quase duplicasse.
Parte da resistência tem a ver com o fato de que seus principais clientes, como Rússia, Alemanha, Letônia e Estônia, mantiveram as importações durante a crise. Além disso, há o fato de que a Lituânia praticamente não impôs restrições ao seu setor industrial e que suas exportações são, em geral, de baixo valor agregado como alimentos, móveis e produtos químicos, ou seja, produtos que continuam sendo necessários durante a pandemia.
O comércio internacional resistiu muito bem, pois embora suas vendas ao exterior tenham caído 8% no segundo trimestre de 2020, agora todas as previsões apontam para uma contração de pouco mais de 3% no ano como um todo. Paralelamente, o mercado de trabalho local também permitiu uma rápida recuperação do consumo das famílias. Além de todos esses cenários, há a dependência mínima do turismo que representa meros 5% do PIB, menos da metade que na Espanha, por exemplo. Apesar disso, o segundo país mais desigual da UE continua com feridas sociais.
Dados promissores, não é mesmo? E enquanto não dá para fazer as malas e partir para fora do Brasil, você pode se preparar para o mercado de trabalho na Europa pós-pandemia. O que acha de aproveitar para pesquisar mais sobre o destino, investir no networking com profissionais que morem por lá e melhorar o idioma, hein? Fica a dica!
Com informações de: brasil.elpais.com; istoe.com.br/; folha.uol.com.br; vocesa.abril.com.br; exame.com.